Queridos irmãos, a paz do Senhor.
A Palavra de Deus é viva e eficaz, ela é atual, pois mesmo diante do século XXI, estamos vivendo o pleno cumprimento da Palavra de Deus. Paulo já havia alertado a Timóteo sobre tempos difíceis que haveriam de acontecer, denominados de “tempos trabalhosos” (II Timóteo 3:1). Paulo alerta sobre as ações dos homens no tempo do fim, pois justamente são nossas ações que refletem o evangelho que professamos, observando que as ações descritas no capítulo 3 são atitudes e ações de homens e mulheres que viviam na seara comum da fé, que dividiam o mesmo espaço, que partilhavam do mesmo ambiente e que se “diziam cristãos”. Vejamos o que dizem as Escrituras, II Timóteo 3:1-17:
¹ Sabe, porém, isto: que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos. ² Porque haverá homens amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos, ³ sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, intemperantes, cruéis, sem amor para com os bons, ⁴ traidores, obstinados, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus, ⁵ tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela. Destes afasta-te. ⁶ Porque deste número são os que se introduzem pelas casas, e levam cativas mulheres néscias carregadas de pecados, levadas de várias concupiscências; ⁷ que aprendem sempre e nunca podem chegar ao conhecimento da verdade. ⁸ E, como Janes e Jambres resistiram a Moisés, assim também estes resistem à verdade, sendo homens corruptos de entendimento e réprobos quanto à fé. ⁹ Não irão, porém, avante, porque a todos será manifesto o seu desvario, como também o foi o daqueles. ¹⁰ Tu, porém, tens seguido a minha doutrina, modo de viver, intenção, fé, longanimidade, amor, paciência, ¹¹ perseguições e aflições tais quais me aconteceram em Antioquia, em Icônio e em Listra; quantas perseguições sofri, e o Senhor de todas me livrou; ¹² e também todos os que piamente querem viver em Cristo Jesus padecerão perseguições. ¹³ Mas os homens maus e enganadores irão de mal para pior, enganando e sendo enganados. ¹⁴ Tu, porém, permanece naquilo que aprendeste, e de que foste inteirado, sabendo de quem o tens aprendido, ¹⁵ e que desde a tua meninice sabes as Sagradas Escrituras, que podem fazer-te sábio para a salvação, pela fé que há em Cristo Jesus. ¹⁶ Toda a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para repreender, para corrigir, para instruir em justiça; ¹⁷ para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente instruído para toda a boa obra.
Paulo escreve a Timóteo a fim de adverti-lo sobre o comportamento de um verdadeiro cristão, que não pode ser fruto apenas de palavras ou teorias, mas de ações e atitudes que refletem o verdadeiro comportamento de um servo de Deus. Paulo assevera a Timóteo que ele está no caminho certo e que tem seguido a doutrina, modo de viver, intenção, fé, longanimidade, amor e paciência, que são atitudes encontradas nos homens e mulheres que verdadeiramente servem ao Senhor.
Jesus ensinou os seus discípulos no Sermão da Montanha, em Mateus 5:43-48:
⁴³ Ouvistes que foi dito: Amarás o teu próximo, e odiarás o teu inimigo. ⁴⁴ Eu, porém, vos digo: Amai a vossos inimigos, bendizei os que vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam, e orai pelos que vos maltratam e vos perseguem; para que sejais filhos do vosso Pai que está nos céus; ⁴⁵ porque faz que o seu sol se levante sobre maus e bons, e a chuva desça sobre justos e injustos. ⁴⁶ Pois, se amardes os que vos amam, que galardão tendes? Não fazem os publicanos também o mesmo? ⁴⁷ E, se saudardes unicamente os vossos irmãos, que fazeis de mais? Não fazem os publicanos também assim? ⁴⁸ Sede vós, pois, perfeitos, como é perfeito o vosso Pai que está nos céus.
O comportamento que deveria permear a vida de quem verdadeiramente serve a Jesus é conhecido nesta passagem bíblica. Ele aduz sobre a necessidade de: “amar os nossos inimigos, bendizer os que vos maldizem, fazer bem aos que vos odeiam e orar pelos que vos maltratam e vos perseguem, para que sejais filhos do Pai que está nos céus”.
Jesus não só ensinava essa mensagem como a praticava e vivia. Ele mesmo sofreu e foi alvo de incompreensão, ingratidão, rejeição, inimizade, mentira e ódio. Mesmo diante de ações humanas, se manteve firme nas suas convicções, exercendo misericórdia.
Mesmo diante dessas ações nefastas, o Mestre nunca ficou ressentido, desencorajado, nem se deixou vencer por isso. Todo o problema encontrado era uma oportunidade de glorificar o Pai. O ensinamento de Jesus é profundo e verdadeiro, pois quando sofremos pelos embates da vida e enfrentamento dos nossos inimigos, medir forças nunca será uma ação sábia.
Aqueles que servem a Jesus devem se esforçar para, nos momentos de pressão e problemas da vida, encontrarem neles uma motivação e uma oportunidade de glorificar o nome do Senhor com sua reação. São exatamente nestes momentos mais delicados da vida que nossas ações/reações refletirão se realmente estamos vivendo o evangelho e o verdadeiro cristianismo. Torna-se um exercício de vida muito difícil, mas extremamente necessário.
Deus vos abençoe em Cristo Jesus.
Pr. David Ribeiro Rodrigues
Diretoria ADPB
